terça-feira, 9 de abril de 2013

Pessoas com Deficiência na Cultura Hip-Hop


Não é difícil encontrar pessoas com deficiências dentro da cultura hip-hop, seja física, visual ou auditiva. Em vários lugares encontram-se pessoas com a capacidade de realizar essas proezas, que vocês vão ver aqui em baixo:

Você deve estar se perguntando: “Como é que um deficiente físico pode dançar breaking?”

Essa é a reposta:


Luca Patuelli nasceu em 28 de julho de 1984 em Montreal, Canadá. Ele nasceu com artrogripose, um distúrbio muscular que afeta as pernas. Foi apelidado de “Lazylegz”. “Lazy Leg” na tradução para o português significa “perna preguiçosa”. “Irônico não?”

Em 1999, aos 15 anos de idade descobriu o “B-boying” também conhecido como breakdancing. Ele começou a aprender movimentos e modificá-los para criar seu estilo próprio que exigia tanto a força da parte superior do corpo como o uso de muletas. Assim nasceu o apelido “Lazylegz”. 

Em 2007, Lazylegz criou o grupo “ILL-Abilities”, composto dos melhores dançarinos com deficiência do Canadá, EUA, Chile e Holanda. O objetivo do grupo é mostrar ao mundo que, você pode ser otimista, criativo e adaptar-se a qualquer situação, pois qualquer coisa é possível. Juntos, eles levam ao mundo a mensagem “Sem desculpas, Sem Limites”.


E você já imaginou um rapper surdo? Não? Esse é Marko Vuoriheimo, 34 anos, surdo.




O artista contou a São Paulo, por e-mail, como faz para costurar as batidas à narrativa de gestos com que conta histórias. “Sinto a música, literalmente. Porque o grave do som vibra mais, então corre no meu sangue.”

Ele completa a tremedeira do ritmo com letras autobiográficas. Uma fala de quando era criança e sonhava em aparecer na MTV, mas ouviu da professora que aquilo não era possível.

Ah! A cada representante da cultura que passa fica mais interessante não é? Então conheça o Pascal Kleiman: 




Um DJ que usa os pés – em vez das mãos – para mixar discos se tornou uma estrela.

Radicado na Espanha há 26 anos, nasceu sem braços devido a uma malformação fetal causada pelo medicamento talidomida, ingerido por sua mãe na gravidez.

A deficiência física, no entanto, não o impediu de tentar a carreira de DJ.

Como Kleiman conta no documentário espanhol Héroes, “no hacen falta alas para volar” (“Heróis, não é preciso asas para voar”, em tradução livre).


Deficiência e Grafite:




Pode parecer absurdo, mas um artista americano cria grafite em braile.

Inspirado pela ideia de fazer com que as pessoas prestem atenção no que as cerca, o artista multimídia Scott Wayne Indiana, de 34 anos, inventou o grafite em braile. Trata-se de um adesivo – ou “sticker”, como é chamado – com cinco tipos de frases escritas na linguagem para deficientes visuais.

“A maioria das pessoas não enxerga. Não apenas aquelas que têm deficiência visual”, diz Scott, que espalhou suas criações pelas ruas de Portland, nos Estados Unidos, no fim do ano passado e vem recebendo mensagens de artistas que adotaram a ideia em outras regiões. “Os stickers são feitos para os deficientes visuais, mas também funcionam como um símbolo para os pedestres que não se importam com o que existe à sua volta.” 

Ele conta que muita gente achou a ideia estúpida, imaginando que pessoas cegas não encontrariam os adesivos. “Eu acho uma crítica engraçada. É como dizer que uma ilha tropical não é bonita porque ninguém vai lá. Bem, eu estou tentando levar as pessoas para lá. Fale sobre a ilha, e não sobre a impossibilidade de chegar nela.” 

Aqui em São Miguel dos Campos também se encontra pessoas assim, mas o que mais se destaca é esse:


Maycon Souza Pereira, ele é surdo, e por incrível que pareça ele dança breaking.

Mais conhecido como “mudinho”, ninguém entende como ele consegue dançar no ritmo das batidas. Ele sempre está por aí em Rodas de Break e rachas nas quebradas de São Miguel. Quem já viu ele dançando, sabe do que ele é capaz.

A Cultura Hip-Hop não é exclusiva, é pra quem sentir que é da família, você poder ser jovem, idoso, negro branco. É exatamente pra todos os públicos. Nossa cultura é show.


Alysson Bruno
Equipe do Blog Hip-Hop Miguelense


Um comentário:

  1. Bom Dia!! Gostaria de saber se vocês tem algum telefone ou email para eu estar entrando em contato. Faço faculdade de Educação Fisica e gostaria de me aprofundar no hip hop para deficiente no meu TCC. Aguardo resposta. Muito Obrigada email: jessica_thaisdasilva@hotmail.com

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